sábado, 19 de novembro de 2011

Mortal Kombat

Finish Him

Publicidade ao jogo de Arcade

Estávamos em 1992 a Acclaim lançava o jogo mais violento até aquele momento visto nos salões de jogos, Mortal Kombat, um jogo de luta onde tínhamos de vencer um torneio de artes marciais com golpes brutais e as afamadas fatalities.
A primeira vez que vi este jogo foi numa máquina de arcade, num videoclube no bairro perto de onde morava e fiquei fascinado logo nesse momento e posso dizer que durante um mês estava sempre lá batido a ver a malta a jogar, eu e mais um primo da minha idade que íamos para lá ver quem sabia fazer fatalidades, e chegar ao fim. Chegou até a ser quase excursões porque depois além de irmos nós já iam mais uns miúdos lá da rua ver aquilo de tal forma que com os clientes do videoclube, os tipos que iam para jogar e os que estavam a ver aquilo parecia que se estava a dar qualquer coisa lá era uma enchente aquilo.
Lembro-me que o meu personagem favorito na altura era o Scorpion, um ninja amarelo que tinha como frase de marca “Get over here!”, e lançava uma corda com um espeto que depois levava o adversário ao pé dele atordoado, mas havia mais personagens, tínhamos o Sub-Zero um ninja azul que era bom para trabalhar numa fábrica de gelados ou num bar a meter gelo nas bebidas, o Kano que tinha metade da cara feita de metal com um olho vermelho e que lançava facas e tinha um truque todo azeite que era fazer o pino no ar, a Sonya que quase ninguém escolhia porque era uma gaja loira que lançava umas espirais rosas, o Liu Kang, que tinha a mania que era o Bruce Lee nem fatalidade de jeito tinha, havia o Raiden um gajo que tinha um chapéu de serapilheira na cabeça e mandava relâmpagos pelos dedos e por fim havia o Johnny Cage que era o artista lá do sitio que lançava bolas verdes e tinha uns óculos escuros esse gajo era mesmo tóno.

As personagens que se podia escolher.

O objectivo era vencer o torneio e para isso tínhamos de derrotar um monstro de quatro braços, se calhar era de Chernobyl, que se chamava Goro, com um carrapito na cabeça, o tipo era mesmo lixado de se matar e dava cada soco que até se via estrelas e por último o chefão que era o Shang Tsung, um feiticeiro que tinha o poder de se transformar em todos mas que na realidade era um velhinho. E creio que está apresentado o elenco deste jogo.  
Imagem do jogo.
Pelo meio havia muitos truques especiais e característicos de cada personagem, bolas de fogo, facas, bolas de gelo, etc, mas o mais impressionante eram as fatalidades que podiam ser arrancar corações, queimar o oponente vivo, entre outros, isso era um espectáculo quando havia alguém que as sabia fazer quando assistíamos a alguém a jogar e outro pormenor é que havia um cenário em que tinha uma ponte e a fatalidade podia ser atirar o gajo lá para baixo a minha fatalidade quando jogava na altura era normalmente um uppercut e era engraçado que todos os lutadores faziam isso e era fácil, era só baixar e soco, mais nada (não sabia fazer fatalidades).
As músicas e as personagens na altura eram espectaculares para aquilo que estávamos habituados a ver, quem não se lembra de frases como “Flawless Victory”, “Finish Him/Her”, “Scorpion Wins Fatality”. E aqueles níveis em que tínhamos de arrebentar com madeira ou pedra e depois iam subindo de dificuldade e era ferro e afins.
Este é um daqueles jogos que fazia todo o sentido na época porque tudo que fosse filme de porrada, ninjas e karaté a malta gostava de ver, o problema era quando vínhamos para casa e repetíamos o que víamos nos jogos, não foram poucas as vezes em que estávamos a lutar uns com os outros a imitar o Mortal Kombat, pronto, sem fatalidades, sem truques especiais, mas havia porrada e as vezes alguém chorava. Mas era assim naquele tempo a violência estava presente em quase tudo e a sorte é que o Dragon Ball em Portugal chegou mais tarde senão é que era.
Uma das capas do jogo esta era da SNES.
Lembro-me que mais tarde tínhamos um colega que tinha o jogo numa Master System e nós dizíamos que era fatela não tinha sangue nem fatalidades, mas quando ele descobriu o código para por aquilo a dar, foi demais, a porrada era todos os dias depois da escola.  
Este jogo na altura saiu para tudo que era consola até me lembro de ver à venda a Mega Drive que trazia o Mortal Kombat.


Divirtam-se a ver as Fatalidades deste jogo, olhem que eu na altura tive de esperar muito para ver todas isto são as maravilhas do Youtube.

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